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Horizonte


procuro a mim mesma no horizonte.

olhar perdido, alma livre.


deixo-me vagar por entre imagens

que não se fazem reais,

que não descansam,

que atormentam

e me reconectam.


procuro palavras que não ouvi,

mas que ecoam dentro de mim.

sussurram dores que silencio.


é uma busca infrutífera,

inútil e circular.


percebo os caminhos

que não desvendei inteiros,

e anseio só deixá-los partir.


abro os dedos,

os braços,

os lábios,

e sinto-me mais fechada

como nunca estive.


procuro a mim mesma

em um horizonte que

se revela belo,

majestoso.

agradeço,

choro,

e me esqueço.

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